“SOMOS DIFERENTES, MAS NÃO QUEREMOS SER TRANSFORMADOS EM DESIGUAIS. AS NOSSAS VIDAS SÓ PRECISAM SER ACRESCIDAS DE RECURSOS ESPECIAIS".

(PEÇA DE TEATRO: VOZES DA CONSCIÊNCIA,BH)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O QUE SÃO OS TRANSTORNOS GLOBAIS DE DESENVOLVIMENTO (TGD)?


   Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são distúrbios nas interações sociais recíprocas que costumam manifestar-se nos primeiros cinco anos de vida. Caracterizam-se pelos padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim como pelo estreitamento nos interesses e nas atividades.


      Os TGD englobam os diferentes transtornos do espectro autista, as psicoses infantis, a Síndrome de Asperger, a Síndrome de Kanner e a Síndrome de Rett.


   Com relação à interação social, crianças com TGD apresentam dificuldades em iniciar e manter uma conversa. Algumas evitam o contato visual e demonstram aversão ao toque do outro, mantendo-se isoladas. Podem estabelecer contato por meio de comportamentos não-verbais e, ao brincar, preferem ater-se a objetos no lugar de movimentar-se junto das demais crianças. Ações repetitivas são bastante comuns.


   Os Transtornos Globais do Desenvolvimento também causam variações na atenção, na concentração e, eventualmente, na coordenação motora. Mudanças de humor sem causa aparente e acessos de agressividade são comuns em alguns casos. As crianças apresentam seus interesses de maneira diferenciada e podem fixar sua atenção em uma só atividade, como observar determinados objetos, por exemplo.


    Com relação à comunicação verbal, essas crianças podem repetir as falas dos outros - fenômeno conhecido como ecolalia - ou, ainda, comunicar-se por meio de gestos ou com uma entonação mecânica, fazendo uso de jargões.



COMO LIDAR COM O TGD NA ESCOLA?


  Crianças com transtornos de desenvolvimento apresentam diferenças e merecem atenção com relação às áreas de interação social, comunicação e comportamento. Na escola, mesmo com tempos diferentes de aprendizagem, esses alunos devem ser incluídos em classes com os pares da mesma faixa etária.

    Deve-se estabelecer rotinas em grupo e ajudar o aluno a incorporar regras de convívio social, são atitudes de extrema importância para garantir o desenvolvimento na escola. Boa parte dessas crianças precisa de ajuda na aprendizagem da autorregulação.


   Apresentar as atividades do currículo visualmente é outra ação que ajuda no processo de aprendizagem desses alunos. Faça ajustes nas atividades sempre que necessário e conte com a ajuda do profissional responsável pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE). Também cabe ao professor identificar as potências dos alunos. Invista em ações positivas, estimule a autonomia e faça o possível para conquistar a confiança da criança.

  
    Os alunos com TGD costumam procurar pessoas que sirvam como "'porto seguro'" e encontrar essas pessoas na escola é fundamental para o desenvolvimento.


Fonte:





AUTISMO



   O autismo é um dos grandes distúrbios da comunicação e da socialização. Manifesta-se até os 3 anos e ocorre quatro vezes mais em meninos do que em meninas. Varia do mais severo ao mais leve comprometimento, o que pode confundir o diagnóstico, levando as vezes a um tratamento inadequado.



    Uma pessoa autista pode mostrar algumas das   características:



- Usam as pessoas como ferramentas;



- Fala como um robô;



- Imita a fala de outras pessoas ou da TV;



- Repete frases que acabou de ouvir, ou da TV;



- Faz movimentos repetitivos;



- Aprende a ler sozinho, ainda pequeno;



- Gosta de água;



- Fica nervosa com mudanças de rotina;



- Não se mistura com outras pessoas;



- Apega-se demais a objetos;



- Não olha nos olhos;



- Parece surdo;



- Não mostra medo de perigo;



- Gosta de girar objetos;



- Pode ficar agressivo;



- Mostra-se indiferente ou arredio.



   DIAGNÓSTICO: Com base nas normas médicas norte-americanas (DSM-IV-simplificado), para ser classificada com o autista, o médico vai observar se a criança tem seis ou mais itens abaixo, com pelo menos dois do grupo1, um do grupo 2 e um do grupo 3.

1 - PREJUÍZOS NA INTERAÇÃO SOCIAL: prejuízo acentuado no uso de comportamentos não-verbais (contato visual, expressão facial, gestos); fracasso em fazer amigos; não tenta compartilhar suas emoções (por exemplo, não mostra uma coisa que gostou), falta de reciprocidade social ou emocional.

2 - PREJUÍZOS NA COMUNICAÇÃO: atraso ou falta de linguagem falada; nos que falam, dificuldade muito grande em iniciar ou manter uma conversa; uso estereotipado e repetitivo da linguagem; falta de jogos de imitação.



3 - COMPORTAMENTO FOCALIZADO E REPETITIVO: preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados; assumir de forma inflexível rotinas ou rituais (ter “manias” ou focalizar-se em um único assunto de interesse); maneirismos motores estereotipados (agitar ou torcer as mãos, por exemplo); preocupação insistente com partes de objetos, em vez do todo (fixação na roda de um carrinho, por exemplo).




(Fonte: Associação de Familiares e Amigos da Gente Autista) - AFAGA