“SOMOS DIFERENTES, MAS NÃO QUEREMOS SER TRANSFORMADOS EM DESIGUAIS. AS NOSSAS VIDAS SÓ PRECISAM SER ACRESCIDAS DE RECURSOS ESPECIAIS".

(PEÇA DE TEATRO: VOZES DA CONSCIÊNCIA,BH)

domingo, 17 de novembro de 2013

Boas Vindas, Equipe Gestora!





  É com espírito de renovação e desejo de boas vindas que recepcionamos a nova equipe gestora do Centro de Atendimento Educacional Pestaozzi, com a designação da profª Maria Angélica Coutinho para diretora e profª Nelza Suzart para vice diretora.

  Que o espírito de confiança, trabalho e compromisso trilhe na continuidade das ações educativas da Instituição. Temos certeza que a comunidade Pestalozzi se empenhará, cada vez mais, por prestações de serviços aos alunos com Transtorno do Espectro Autista.

  Sejam Bem Vindas!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Reflexão Aposentadoria


APOSENTADORIA





   Diríamos conclusão de uma etapa, de uma fase, final de um ciclo?

   Fases, de tantas, da vida. Fase de desenvolvimento biológico, pessoal, profissional....

   Neste mundo globalizado, de tantas inovações tecnológicas, em que a expectativa de vida aumenta a cada dia, melhor inovarmos a semântica e expressarmos: OBJETIVO ALCANÇADO!

   Sim! porque cumprir o tempo de exercício profissional, é de fato: Meta alcançada! Objetivo atingido!

  Mais uma fase que se finda, para o recomeço de outra.Recomeço de uma outra forma de traçar metas e atingir objetivos.

 Aposenta-se diante de uma trajetória para oportunizar a CELEBRAÇÃO desse momento!



a Jailza pelo empenho e dedicação na gestão do CAEE PESTALOZZI DA BAHIA!

sábado, 2 de novembro de 2013

CONTRIBUIÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA NAS SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS

A SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS
Luziana Carvalho dos Santos

Sumário
A sala de recursos multifuncionais para o atendimento educacional especializado e a contribuição do psicopedagogo

RESUMO
Este trabalho visa abranger a contribuição do psicopedagogo para a sala de recursos multifuncionais no atendimento educacional especializado. A idealização de práticas educativas com propósito de acrescentar concepções como respeito e valor. O artigo tem por objetivo geral analisar a importância da sala multifuncional no atendimento educacional especializado, bem como a contribuição do Psicopedagogo nesse processo. Tem como objetivos específicos discorrer sobre a inclusão, atendimento, processo de avaliação, acompanhamento, contribuição da família frente o processo de aquisição do conhecimento. O presente estudo tem como questão apontar qual a importância da sala multifuncional no atendimento especializado e a contribuição do psicopedagogo? Trata de um estudo bibliográfico, onde analisou todo o material disponibilizado a respeito do tema proposto em fontes impressas diversas, bem como em meio eletrônico.

Palavras-chave: Recursos; Práticas Educativas; Atendimento; Contribuições; Psicopedagogo.
INTRODUÇÃOOs processos interativos buscam novos canais de expressão e criação por meios audiovisuais, que no contexto educacional deixam de ser apenas uma ferramenta didática, demandando um intercâmbio continuado que permita, mais do que olhar imagens ou ouvir sons, interpretá-los visando à criação de novas mensagens e informações. A sala multifuncional, enquanto ambiente adequado para um aprendizado diferenciado com didáticas sensoriais, torna possível a veiculação de uma enorme variável de informações, sob os mais diversos contornos e gêneros.
O planejamento de práticas educativas com a finalidade de pôr conceitos como respeito e valor a diversidade humana em foco implica na planificação das ações para organizar o fazer pedagógico. Para auxiliar o psicopedagogo nesta tarefa é importante assumir uma concepção da aprendizagem que se processa na interação social, desenvolvendo a autonomia, noções psicomotoras e matemáticas, a expressão criativa, atenção e memória, com o intuito de elevar a baixa auto-estima de educandos com comprometimento cognitivo e de linguagem.
Por sua vez, muitos alunos possuem dificuldades de compreensão e raciocínio sobre o que está sendo proposto em uma determinada situação-problema, apresentando uma grande dificuldade na área da linguagem e da comunicação com o outro. Neste quesito, o uso de recursos didáticos multifuncionais para se passar a informação aumenta as chances de que tais alunos absorvam o que está sendo transmitido.
O artigo tem por objetivo geral analisar a importância da sala multifuncional no atendimento educacional especializado, bem como a contribuição do Psicopedagogo nesse processo. Tem como objetivos específicos discorrer sobre a inclusão, atendimento, processo de avaliação, acompanhamento, contribuição da família frente o processo de aquisição do conhecimento.
O presente estudo tem como questão apontar qual a importância da sala multifuncional no atendimento especializado e a contribuição do psicopedagogo?
Trata de um estudo bibliográfico, onde analisou todo o material disponibilizado a respeito do tema proposto em fontes impressas diversas, bem como em meio eletrônico.

REFERENCIAL TEÓRICOAs salas de recursos multifuncionais é uma acessibilidade para alunos com dificuldades na aprendizagem, uma oportunidade de aprendizado ampla visando suas necessidades. Novas estratégias e adaptações são realizadas para propiciar aos alunos condições de frequentar a sala de aula com resultados prósperos. Segundo a LDB em seu Art. 59, os sistemas de ensino assegurarão aos educando com necessidades especiais:
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;
II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educados nas classes comuns;
IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora.

A sala de recursos multifuncionais está localizada nas escolas de educação básica, onde é realizado o AEE (Atendimento Educacional Especializado) que por sua vez tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade visando eliminar as barreiras para a plena participação dos alunos, levando em consideração suas necessidades específicas. “As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa à formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela” (PNEE, 2007, p.10). O Atendimento Educacional Especializado visa a independência do discente nas escolas regulares e na sociedade.
Segundo a SEESP/MEC (2005) (2009 apud Rocha) os tipos de atendimento educacional especializado são:
Atendimento pedagógico domiciliar: Alternativa de atendimento educacional especializado, ministrado a alunos com necessidades educacionais especiais temporárias ou permanentes, em razão de tratamento de saúde, que implique permanência prolongada em domicílio e impossibilite-os de frequentar a escola.
Classe hospitalar: Alternativa de atendimento educacional especializado, ministrado a alunos com necessidades educacionais especiais temporárias ou permanentes, em razão de tratamento de saúde, que implique prolongada internação hospitalar e impossibilite os de frequentar a escola.
Estimulação precoce: Atendimento educacional especializado a crianças com necessidades educacionais especiais do nascimento até os três anos de idade, caracterizado pelo emprego de estratégias de estimulação para o desenvolvimento físico, sensório perceptivo, motor, sócio-afetivo, cognitivo e da linguagem.
Apoio pedagógico especializado - Atendimento educacional especializado, realizado preferencialmente na rede regular de ensino, ou, extraordinariamente, em centros especializados para viabilizar o acesso e permanência, com qualidade, dos alunos com necessidades educacionais especiais na escola. Constitui-se de atividades e recursos como: Ensino e interpretação de Libras, sistema Braille, comunicação alternativa, tecnologias acessivas, educação física adaptada, enriquecimento e aprofundamento curricular, oficinas pedagógicas, entre outros.
Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica os serviços de apoio pedagógico especializado ocorrem no espaço escolar e envolvem professores com diferentes funções:
Classes comuns: serviço que se efetiva por meio do trabalho de equipe, abrangendo professores da classe comum e da educação especial, para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem.
Pode contar com a colaboração de outros profissionais, como psicólogos escolares, por exemplo.
Salas de recursos: serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor especializado, que suplementa (no caso dos superdotados) e complementa (para os demais alunos) o atendimento educacional realizado em classes comuns da rede regular de ensino. Esse serviço realiza-se em escolas, em local dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos, podendo estender-se a alunos de escolas próximas, nas quais ainda não exista esse atendimento. Pode ser realizado individualmente ou em pequenos grupos, para alunos que apresentem necessidades educacionais especiais semelhantes, em horário diferente daquele em que frequentam a classe comum.
Itinerância: serviço de orientação e supervisão pedagógica desenvolvida por professores especializados que fazem visitas periódicas às escolas para trabalhar com os alunos que apresentem necessidades educacionais especiais e com seus respectivos professores de classe comum da rede regular de ensino.
Professores-intérpretes: são profissionais especializados para apoiar alunos surdos, surdo-cegos e outros que apresentem sérios comprometimentos de comunicação e sinalização.
Uma retrospectiva história da adoção da sala de recursos na educação especial brasileira é abordada por Silva (2003), quando data seu aparecimento a partir da metade da década de 70, apoiada pela tradução de literatura americana especializada e, principalmente, pela discussão sobre os processos de segregação tendo por base o principio da “escola para todos”. A autora apresenta ainda uma organização das salas de acordo com as necessidades do público alvo, que é atendido em turno contrário às aulas. Entre os materiais utilizados podem ser encontrados mobiliários adaptados, materiais didáticos, materiais pedagógicos, equipamentos específicos para a atividade proposta, microcomputadores adaptados e jogos.
Por sua vez, Alves (2006), em sua obra “As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica” orienta que é de competência das escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais e assegurar as condições necessárias para uma educação de qualidades para todos, cabendo aos sistemas de ensino a responsabilidade de garantir o acesso dos alunos mediante matrícula. A Constituição de 1988, em seu artigo 208, ganhou destaque ao declarar a preferência pela inserção desses alunos no ensino regular desde que os mesmos tivessem o suporte da sala de recursos, ensino itinerante e outras modalidades (SANTOS, 2011, p. 9). Ainda com essa ideia de inclusão, foi buscado até mesmo uma nova nomenclatura para tais alunos, deixando de serem chamados por nomes discriminatórios e inadequados como “deficiente” ou “retardado”, para serem enquadrados como alunos com necessidades especiais.
O atendimento educacional especializado acontece na sala de recursos multifuncionais, as atividades desenvolvidas são preparadas e realizadas pelo Psicopedagogo voltado para os alunos que tenham dificuldades na aprendizagem. Antes de iniciar o atendimento é importante que o professor e o psicopedagogo juntos conheçam as habilidades e dificuldades do aluno, como também a participação na sala e freqüência, além de suas condições emocionais. O objetivo é fazer que esse aluno possa interagir na escola e na sociedade.
O Psicopedagogo procura situações que estimule intencionalmente, organizando condições de aprendizagem dentro da sala de recursos multifuncionais, centrando nos aspectos de desenvolvimento e aprendizagem.

O profissional precisa apoiar se em exercícios que ofereçam a percepção de habilidades e melhorias para aprendizagem, criar situações que o discente perceba em seu cotidiano permitindo constituir seus conceitos. O atendimento pode se basear em fatos-enigmas, que estabeleça um pensar lógico para resolução dos apontados fatos. Situações serão criadas para que instigue o desenvolvimento intelectual e motor, não esquecendo de atentar se para os aspectos emocionais. Produzir matérias, utilizar jogos, brincadeiras e recursos pedagogias irá contribuir nesse processo, visando às necessidades especificas de casa um, analisando as atitudes e buscando sempre proporcionar o desenvolvimento cognitivo ou motor.
A priori é necessário que faça uma anamnese antes de começar as atividades, o perfil possibilita um plano de intervenção e os recursos metodológicos a serem utilizados. A avaliação acontecerá em três espaços diversos: a sala de aula, o ambiente familiar e a sala de recursos multifuncionais, ambos em diferentes momentos. A primeira observação acontece nas aulas verificando o tempo das atividades desenvolvidas e as respostas das mesmas, o intervalo para analise das brincadeiras, biblioteca e laboratórios para verificação da coordenação motora, comunicação e concentração. Podendo através destas observações fazer algumas modificações para melhoria do desempenho ocorrendo assim a aprendizagem significativa. Os outros dois espaços buscam informações sobre o aluno considerando alguns aspectos: intelectual, cognitivo, psicomotor, expressões comportamentos em situações de aprendizagem, desenvolvimento afetivo e as relações sócias. A partir da anamnese e das observações em seu ambiente poderá ser identificado o problema que geralmente é o que movimenta ao encaminhamento para sala de recursos multifuncionais, a queixa comumente trazida pelo professor ou família. O Psicopedagogo deve conhecer o cotidiano, suas vivencias irão influenciar na construção do pensamento cognitivo.
O aluno que apresenta algum tipo de dificuldade na aprendizagem geralmente é marcado por conflitos em sala de aula motivados pelos próprios colegas ou pela vida social. Uma baixa auto estima poderá intervir na aprendizagem. Segundo Gomes (2010), professor do AEE (atendimento educacional especializado) não deve interpretar de uma falta de atenção, uma vez que o aluno pode simplesmente estar exercendo um procedimento visando realizar um aprendizado ou resolver um problema.
A avaliação deverá ocorrer levando em consideração o raciocínio lógico, comportamento e interação, o desenvolvimento das expressões, o funcionamento motor (analisando formas, tamanhos, traçados, desenhos, pinturas, letras e a organização), o desempenho diante das atividades desenvolvidas. A aplicabilidade da avaliação é indicada que seja através de jogos e brincadeiras, permitindo uma livre manifestação do pensamento. Através da leitura de um modo geral o aluno poderá expressar suas emoções, idéias e levantar questionamentos observando suas compreensões. Salientando caso o aluno apresente dificuldades motora isso não impede de participar de todas as atividades realizadas, recursos variados devem ser utilizados por circunstancia da avaliação a exemplo do movimento corporal, do desenho, ou apontando matérias que estejam a sua volta e relacionado com o tema apresentado.
A variedade do vocabulário poderá ser examinada minuciosamente feita por meio de atividades lúdicas e representação de situações do cotidiano. Essas expressões irão oferecer ao Psicopedagogo informações que poderão contribuir no processo da aprendizagem. A avaliação da escrita ocorrerá através de produção espontânea, ditados, observações de figuras, objetos e construção de texto livre e reconto. Aprender não é só memorizar informações. É preciso saber relacioná-las, ressignificá-las e refletir sobre elas. É tarefa do professor, então, apresentar bons pontos de ancoragem, para que os conteúdos sejam aprendidos e fiquem na memória, e dar condições para que o aluno construa sentido sobre o que está vendo em sala. (SALLA, 2012, p. 55).
A partir das produções através dos diferentes recursos pedagógicos utilizados o Psicopedagogo identificara o grau de elevação da compreensão que o discente apresenta e suas estratégias. A maneira pela qual o aluno se inclui com o saber tem uma ação extraordinária no processo de aprendizagem. Se o discente percebe sua atuação e contribuição na construção do conhecimento certamente terá uma motivação maior para aprender. A relação do aluno com o professor deve ser de confiança para que o primeiro demonstre suas experiências adquiridas no decorrer da sua vivencia.
O professor irá avaliar o aluno em sala de aula observando sua relação com o saber, se o mesmo responde as suas solicitações, caso ele apresente dependência, recursos pedagógicos serão usados indicados pelo Psicopedagogo (responsável pela sala de recursos multifuncionais), assim o professor irá avaliar o melhor desempenho nas atividades, como ele está interagindo de forma individual ou em grupo, analisar os diferentes ritmos e estímulos de aprendizagem. “É importante que o professor seja apoiado e orientado, no cotidiano escolar, de maneira, a ser capaz de refletir de maneira crítica e constante sobre sua prática, com bases em recursos teóricos e metodológicos, a fim de recriá-la constantemente” (MARTINS, 2008, p.21). Essas informações devem ser passadas para o Psicopedagogo em reuniões obtidas, o mesmo no decorrer das avaliações e observações elaborara um relatório referente ao desempenho do aluno. O acompanhamento é imprescindível para o desenvolvimento de atuações que visem à melhoria no comportamento e na aprendizagem do aluno, bem como a influência mútua no espaço escolar e no seu meio social.
Esse acompanhamento sugere uma elaboração de um plano de intervenção como já citado anteriormente que incide na presciência de atividades que devem ser realizadas nas salas de recursos multifuncionais com o atendimento/acompanhamento de um Psicopedagogo. Também prevê um acompanhamento da família na definição de construir as habilidades favoráveis para aprendizagem e desenvolvimento. Sendo assim a avaliação deve ser permanente para o enriquecimento da aprendizagem.
O Psicopedagogo deverá conseguir informações sobre o aluno através da anamnese, ou seja, desde a gestação a relação familiar, assim como suas preferências, seu lazer como também o vinculo da família com o ensino. O comportamento em casa, a comunicação e a interação com a família, saber as situações que ele manifesta autonomia e dependência é fundamental para a compreensão das suas dificuldades.
A influência que a criança recebe em seus primeiros anos de vida é da família, independente da constituição. A base da educação é a família, ações servem de exemplos, a criança leva sua experiência baseada na relação familiar. As atitudes e valores são transferidas nas relações com pessoas do ambiente escolar.
Os jogos e as brincadeiras são instrumentos de analise, irão mostrar as possibilidades de influencia recíprocas, planejamento e realizações, competição e emoção. Essencialmente as atitudes apresentadas durante a interação. Segundo WALLON (2010, p.67) a criança repete nas brincadeiras as impressões que acabou de viver. Reproduz, imita. Para as menores, a imitação é a regra da brincadeira. A única acessível a elas enquanto puderem ir além do modelo concreto, vivo, para ter acesso à instrução abstrata.
Ação de buscar e de apropriar-se dos conhecimentos para transformar exige dos estudantes esforço, participação, indagação, criação, reflexão, socialização com prazer, relações essas que constituem a essência psicológica da educação lúdica, que se opõe à concepção política e ingênua, à passividade, ao espontaneismo, à jocosidade, à alienação, à submissão, condicionantes da pedagogia dominadora e neutralizante (ALMEIDA, p. 31, 2003).
A partir das observações o Psicopedagogo pode criar situações que ele represente no cotidiano. A maneira pela qual o psicopedagogo utiliza o jogo não é idêntica aos outros profissionais, valer-se de técnicas que permite a criança uma conexão de aspectos que se deseja atingir, fundamentais para que ocorra aprendizagem.

CONSIDERAÇÕES FINAISO processo educativo de inclusão (escola/sociedade) é composto por uma complexa rede de interações que juntas colaboram significativamente para o êxito na relação ensino/aprendizagem.

Diante disso, percebe-se que, referindo-se à educação especial, as partes envolvidas e os elementos utilizados na formação dos discentes é bem maior que as salas de educação básica, consideradas salas "normais", e requer do professor responsável por ministrar aulas nas turmas em questão um nível de conhecimento bem mais diversificado e direcionado à resultados práticos, como uma mudança positiva de comportamento e atitudes das partes envolvidas, respeitando seus respectivos limites.

Contudo, é salutar o uso de práticas pedagógicas que envolvam seus discentes na construção do conhecimento. Para tanto, a presença de profissionais especializados particularmente o psicopedagogo nas escolas que oferecem educação especial, principalmente na rede pública de ensino, é fundamental, pois possibilita orientação pedagógica não apenas aos professores das turmas especiais, mais também, propicia orientação aos pais e demais personagens escolares envolvidos. A tudo isso, soma-se adaptações estruturais, curriculares, com possibilidades reais e mais precisas de avaliar cada discente.

Na busca dessa eficácia no processo educacional especializado surge entre alternativas as salas de recursos multifuncionais, que consiste numa acessibilidade para alunos com dificuldades na aprendizagem, uma oportunidade de aprendizado ampla visando suas necessidades, e, juntamente com o apoio do já mencionado psicopedagogo, contribuem de forma significativa com os professores da educação especial. Esses, por sua vez, ficam alicerçados com o suporte necessário para desenvolverem concretamente seu alunado, pois não só têm um espaço a mais para fazer acontecer com maestria a educação especializada, como também têm o apoio do psicopedagogo; da família; o uso de materiais e atividades variadas; um processo de avaliação condizente com a realidade em questão; o acompanhamento permanente de todas as ações dos envolvidos; e prioritariamente informações do aluno através da anamnese.

Nesse sentido, exige-se do docente saberes direcionados à inclusão do aluno enquanto cidadão de um modo geral, não apenas como um mero repetidor de ideias e fórmulas sem objetivos concretos na sua vida enquanto pessoa especial.
Bibliografia
ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação Lúdica técnicas e jogos pedagógicos. 11ª ed. São Paulo: Loyola, 2003. 31p.
ALVES, Denise de Oliveira. Sala de Recursos Multifuncionais: espaços para atendimento educacional especializado. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Brasília, 2006.
BRASIL.Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -Lei nº 9394/96. Disponível em:< http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/2762/ldb_5ed.pdf > . Acesso em: 17/07/2012.
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC, 2007.
GOMES, Adriana Leite Lima; PAULIN, Jean-Robert; FIGUEIREDO, Rita Vieira de. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Brasília, 2010.
MARTINS, Lúcia A. [ET AL] org. Inclusão: Compartilhando Saberes. 3ª Ed. Petrópolis, RJ: VOZES, 2008.
ROCHA, Halline Fialho. O atendimento educacional especializado no processo de inclusão: relato de uma experiência na sala de recursos. Petrópolis, 2009. Disponível em < http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/spdslx09.pdf>. Acesso em 01/07/2012.
SANTOS, Maria Alcimária Bezerra. Implementação das salas de Recursos no Ensino Inclusivo no Brasil. Brasília, 2011 p. 9. Disponível em . Acesso em: 16/07/2012.
SALLA, Fernanda. Toda atenção para a Neurociência. Revista Nova Escola. Nº 253 jun/jul. Editora Abril, 2012.
SILVA, F.C.T. Os Serviços de Educação Especial: Estudo Comparado das Salas de Recursos (Brasil) e das Salas de Apoio (Portugal).2003. 6506 f. Tese (Doutorado em ciências da Educação) – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, 2003.
WALLON, Henri. A Evolução Psicológica da Criança. São Paulo: Martins Fontes, 2010.


REFERÊNCIA CONSULTADA
CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2004.
FÍGARO, Roseli. Uma pedagogia para os meios de comunicação (entrevista com Guillermo Orozco Gómez). Revista Comunicação & Educação. São Paulo: 77 a 88, maio/ago. de 1998.
FILHO, Teófilo Alves Galvão; DAMASCENO, Lucian Lopes. Tecnologias Assistivas para autonomia do aluno com necessidades educacionais especiais. Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, v.1, p. 25-32, ago/2006.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. BRASIL. Diferentes Diferenças: Educação de qualidade para todos. São Paulo: Editor Publisher Brasil, 2006.
Publicado em 10/10/2013 12:00:00

http://www.psicopedagogia.com.br